sexta-feira, 3 de agosto de 2012

economia criativa precisa de pessoas malucas


7 alimentos que prolongam a vida

A fórmula da juventude pode ser servida à mesa. Com benefícios comprovados, estes poderosos nutrientes vão ajudá-la a melhorar a saúde e redobrar a disposição e o bem-estar. Bom apetite!

. TOMATE FORTALECE A MEMÓRIA
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Já se sabe que ele é rico em licopeno, antioxidante que previne o câncer e impede a formação do mau colesterol. Mas um estudo recente, da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, comprovou que o tomate também é fonte de ácido ferúlico, que preserva os neurônios da degeneração provocada pelo stress oxidativo, protegendo contra os males de Alzheimer, de Parkinson e a demência senil. "Duas unidades por dia são suficientes para retardar o aparecimento dessas doenças em quem apresenta predisposição genética a elas", diz o endocrinologista Wilmar Accursio, presidente da Sociedade Brasileira de Antienvelhecimento. Como o fruto é um dos alimentos que mais retêm agrotóxicos em sua casca, prefira os orgânicos.
2. ALHO AUMENTA A IMUNIDADE
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Rico em componentes que ativam o sistema imunológico e combatem vírus, bactérias e fungos que causam infecções, o alho pode agir como coadjuvante no tratamento de resfriados, gripes e aftas, por exemplo. "Além disso, graças aos compostos fitoquímicos (alicina e ajoeno), o alimento ajuda a baixar os níveis de açúcar no sangue e tem ação antioxidante importante no controle do câncer", afirma o endocrinologista Filippo Pedrinola, de São Paulo. Seus compostos ainda inibem a produção do mau colesterol e impedem a arteriosclerose - o espessamento da parede das artérias causado pelo depósito de gorduras. Para colher os benefícios, o médico sugere a ingestão diária de 600 a 900 miligramas de alho cru amassado (um dente grande ou dois pequenos).
3. FRUTAS VERMELHAS PROTEGEM CONTRA O CANCÊR
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Amora, framboesa e morango contêm ácido elágico, que evita o envelhecimento precoce das células e a formação de tumores, segundo pesquisa da Universidade de Brasília publicada em 2006. Além disso, essas frutas têm flavonóides, com propriedades antiinflamatórias, antialérgicas e anticancerígenas. Nesse grupo, Jocelem Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais, destaca o mirtilo, que ajuda a reverter o declínio das funções cerebrais e previne cataratas e glaucoma. A nutricionista Vanderlí Marchiori, de São Paulo, sugere o consumo diário de duas taças com um mix de frutas vermelhas (de preferência, orgânicas), um copo de suco (vale usar frutas congeladas) ou duas xícaras de chá feito com as folhas.
4. CASTANHA-DO-PARÁ RETARDA O ENVELHECIMENTO 
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Ela é fonte de vitamina E e selênio, que colaboram para frear a produção de radicais livres, desacelerar o envelhecimento e reduzir o risco de doenças do coração. O mineral, ingerido em doses recomendadas (entre 55 e 70 gramas por dia), evita a propagação do câncer, atua no equilíbrio do hormônio da glândula tireóide e fortalece a imunidade. Um estudo conduzido por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e professores da Universidade Federal do Acre comprovou a eficácia da castanha e de alimentos enriquecidos com farinha de castanha-do-pará na recuperação de crianças desnutridas na Amazônia. "Uma unidade por dia é capaz de suprir as necessidades diárias de selênio", diz Vanderlí Marchiori.
5. MAÇA ACALMA O ORGANISMO 
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O que não faltam são razões para consumir a fruta, de preferência com casca e tudo. Uma unidade contém 85% de água em sua composição e 5 gramas de fibras solúveis e insolúveis, o que significa entre 15 e 20% da dose diária indicada para que o organismo funcione bem. Mas o poder maior da fruta está na quercitina, fitonutriente que reduz os riscos de desenvolver doenças cerebrovasculares e câncer no estômago, fígado e pulmão, principalmente. Cientistas do Núcleo de Pesquisa em Alimentos Funcionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul descobriram ainda que as pessoas que comem pelo menos cinco maçãs por semana respiram e dormem melhor e apresentam menos probabilidade de ter problemas na garganta.
6. LINHAÇA CONTROLA A OSCILAÇÃO HORMONAL
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O alimento é extremamente rico em ácidos graxos ômega 3, baixa o colesterol ruim e a taxa de triglicérides. Estudos recentes atribuem à linhaça propriedades que ajudam a controlar os hormônios. Ela amenizaria os efeitos da TPM e os fogachos da menopausa. "Além disso, a semente é um alimento biogênico, ou seja, é capaz de guardar informações genéticas para a formação de novos seres e, portanto, também funciona como um revitalizante poderoso das funções físicas e mentais", diz a química Conceição Trucom, autora do livro A Importância da Linhaça na Saúde (editora Alaúde). Ela recomenda ingerir uma colher de sopa da semente por dia, polvilhada sobre saladas ou iogurtes ou misturada a pães e bolos.

7. IOGURTE PREVINE DOENÇAS
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O valor desse alimento está nos 6 milhões de bactérias probióticas por mililitro. "Além de equilibrar a flora intestinal, elas auxiliam no trabalho de absorção dos nutrientes", diz a endocrinologista Alessandra Rascovski, de São Paulo. No livro A Dieta Perricone - Aprenda a Perder Peso e Cuidar da Pele e da Saúde ao Mesmo Tempo (editora Campus), o dermatologista americano destaca que o consumo regular de alimentos probióticos previne infecções causadas por fungos, melhora a imunidade, controla o colesterol e reduz o risco de câncer. Um copo de iogurte por dia já traz todos esses benefícios desde que não tenha corantes, conservantes, espessantes nem adição de açúcar - tudo isso pode atrapalhar a sobrevivência das bactérias no organismo.Design de Produto
O que fazemos em nossas vidas, e o modo como fazemos, define o ambiente cultural nas cidades, países e - até - continentes. John Howkins, consultor britânico e autor do livro The Creative Economy - publicado em 2001 e ainda não lançado no Brasil -, define este contexto de florescimento de ideias como ecologia criativa. Já a economia criativa é a área que engloba os negócios que derivam deste contexto, especialmente os relacionados a entretenimento e arte.

A economia criativa está muito ligada a novas necessidades, segundo o especialista. "Nossos desejos pessoais estão mudando, assim como nosso sentimento de realização, de colaboração e a forma como nos relacionamos. Como resultado dessa transformação, a economia também está mudando. Seu foco passa de produtos para serviços, de commodities para experiências e de preços fixos para descontos e, até, para o gratuito", explicou John Howkins, considerado o "guru" da economia criativa, durante o IV Seminário Internacional de Design do Salão Inspiramais, realizado em São Paulo, na última semana de julho para profissionais ligados à indústria de componentes para os segmentos de vestuário, calçados e acessórios.
O especialista ressaltou três princípios básicos, imprescindíveis quando se quer ter novas ideias - e fazer negócios a partir delas:
1. Todo mundo nasce com imaginação e criatividade; elas não são características especiais
2. Criatividade requer liberdade para pensar, se expressar, explorar, descobrir, questionar etc e
3. Liberdade precisa ter acesso ao mercado.
Howkins ainda comentou que estudar é um elemento chave para o surgimento de novas ideias. Trata-se de um processo autônomo, voluntário e contínuo, diferente da educação. "O estudo é mais importante e está crescendo mais do que a educação, que é compulsório e tem limite de idade. Quando você para de estudar, você morre. Costumo proliferar a seguinte fórmula: criatividade = a estudo + adaptação das ideias".
Depois de sua palestra, John Howkins deu entrevista exclusiva para o Planeta Sustentável. Queríamos que ele comentasse a relação entre economia criativa e sustentabilidade - social, cultural e econômica. John destacou, então, o que chama de ecologia criativa que, ao contrário do que você pode pensar não tem nada a ver com meio ambiente, bichos e florestas. Ele também explicou por que o Brasil vai mal nesse tipo de economia, quando comparado com outros países: em ranking do economista norte-americano Richard Florida, para seu livro Harper Business, entre 45 nações, nosso país está em penúltimo lugar. E o consultor aproveitou para fazer uma provocação: "Não sei se os brasileiros são malucos o suficiente para isso". Eis a entrevista, a seguir.

Fale mais sobre ecologia criativa.
John Howkins: Ecologia criativa é o contexto social no qual as pessoas têm ideias. Ela é semelhante à ecologia, que é o relacionamento entre organismos. Mas em vez de nos atermos a como os organismos se envolvem e crescem, focamos em como as ideias circulam na sociedade. É um sistema, como a economia, em que são feitos negócios. E precisamos incentivá-la, simplesmente, porque precisamos de novas ideias.
Como a ecologia criativa está relacionada com a sustentabilidade?
John Howkins: Do ponto de vista ambiental, não há uma relação direta. Ecologia é uma palavra engraçada, mas remete simplesmente a um sistema. E alguns sistemas são sustentáveis, outros não. Simplesmente porque "sistema" não significa "sustentabilidade".
O Brasil está numa posição ruim no ranking de Richard Florida sobre economia criativa. Por outro lado, temos uma cultura bem rica e diversa. Onde está o problema e onde estão as oportunidades?
John Howkins: Vocês têm um grande senso de estilo, ótima energia e paixão. Mas no Brasil, hoje, a agricultura e o sistema de manufaturas é que são fortes e as lideranças não querem mudar esse panorama. Como a economia brasileira está indo bem, no momento, é difícil dizer que é preciso mudar. Mas, na verdade, eu também não estou dizendo isso. O que quero dizer é que as pessoas, em particular os jovens, deveriam ter mais liberdade para desenvolver suas ideias. Eles deveriam ter mais prazer com suas ideais.
Como o mercado deve se comportar em relação aos novos empreendedores?

John Howkins: Quero enfatizar a liberdade, à qual dou muita importância. A criatividade floresce quando as pessoas estão felizes e se você as sufoca ou não respeita suas ideias, a criatividade fica em baixa. Por isso digo que as pessoas devem ter liberdade. O que vai acontecer depois cabe aos indivíduos. O Brasil pode ter músicos maravilhosos, como aconteceu com o movimento Tropicália. Havia boa música, boa pintura, bom teatro e o governo reprimiu. É muito difícil prever, mas isso poderia acontecer de novo. A gente nunca sabe até onde os artistas vão, onde eles vão tocar. Então temos que ter certeza de que, se forem longe, não serão reprimidos.
O que faz com que países como Finlândia e Japão estejam entre os primeiros em economia criativa?
John Howkins: É uma combinação de educação de alto nível, liberdade e pessoas que estão não só pensando, como colocando a criatividade em prática. É difícil ser criativo, por isso você precisa de pessoas que sejam estranhas e malucas. E você também precisa de uma plateia interessada nas suas ideias. Não sei se os brasileiros são malucos o suficiente.
Podemos dizer que a economia criativa constrói lugares melhores para se viver?
John Howkins: Acho que se você respeitar as ideias das pessoas e o que elas querem fazer dentro da economia, você as ouve e as conhece melhor. Você dá às pessoas espaço para seguir suas próprias ideias. E acho que isso conduz a uma sociedade mais igualitária. Se você respeita a ideia que as pessoas têm, se deixa elas seguirem seus sonhos e paixões, sem pará-las, sem censurá-las, acredito que isso conduzirá a uma sociedade mais feliz e satisfeita.

Carreiras criativas: a invenção de um mercado

 Um estudo feito pela prefeitura de São Paulo mostra que, entre 2006 e 2009, a taxa média anual de crescimento do emprego formal na indústria criativa chegou a 8,3% no estado de São Paulo e a 9,1% na capital paulista. A participação do emprego criativo formal no total de vagas no Brasil é de 5,5%, chegando a 6,4% na cidade de São Paulo, onde a demanda por esse tipo de serviço é maior.

Considerando que existe muita informalidade associada a essas atividades, é aceitável imaginar que haja mais pessoas trabalhando no ramo. Fazer carreira nessa área, no entanto, continua sendo uma tarefa tão complexa quanto incerta.
"Infelizmente, precisamos educar o mercado, além de trabalhar", diz a designer gráfica Rafaela Vinotti, de 29 anos, dona de seu próprio estúdio, pelo qual já atendeu clientes como Natura, Nokia, Colgate-Palmolive e Sebrae. Um dos problemas para a indústria criativa brasileira é que grandes empresas ainda evitam trabalhar com pequenos empreendimentos criativos por receio de não receber um atendimento adequado. Isso acaba retardando a profissionalização do setor.
Na área de design, por exemplo, as grandes companhias acabam recorrendo a grandes agências de publicidade, que nem sempre dão prioridade ao assunto, o que desvaloriza a atividade. "Mas posso dizer que a criação de pequenos estúdios de design hoje no Brasil está crescendo e, ainda que a concorrência seja muito desleal, é importante que os designers acreditem e invistam em suas crenças e em seu desenvolvimento", diz Rafaela.
Profissionais envolvidos nessas atividades apontam uma deficiência estrutural na educação no país, desde a básica até a superior, que não estimula nem valoriza a atividade criativa e, como consequência, não prepara para o mercado quem deseja fazer carreira na indústria criativa.
O grande desafio é a educação de qualidade de maneira rápida e eficaz", diz Adolfo Melito, presidente do Conselho de Economia Criativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). "A história recente mostra que as políticas de desenvolvimento que abrigam os princípios das indústrias criativas têm sido muito bem-sucedidas em trazer vida nova para a economia", diz. "Criatividade é um recurso humano inesgotável."

A dificuldade, para os artistas, é conciliar seus projetos estéticos com a estrutura do mercado e as possibilidades de remuneração. Adriano Cintra, integrante da banda de sucesso internacional Cansei de Ser Sexy, encontrou um caminho estável ao apostar em seu próprio estúdio, maneira pela qual garante a remuneração independentemente de shows e álbuns.
Ele conta que teve uma série de experiências trabalhando, por exemplo, numa produtora de som. "Aprendi que, para trabalhar com publicidade, você tem de ter dedicação total", diz Adriano. Arquitetura é uma das áreas criativas que o mercado começou a valorizar, ainda que timidamente. Nos últimos anos no Brasil, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, algumas construtoras e incorporadoras começaram a perceber que projetos de qualidade são um diferencial e passaram a recorrer a arquitetos mais gabaritados para assinar suas obras.
"A arquitetura no Brasil ainda não é vista na altura de seu potencial", dizem os arquitetos Caroline Bueno, Greg Bousquet, Olivier Raffaelli e Guillaume Sibaud, sócios do Tryptique, de São Paulo, que acreditam que o mercado está evoluindo. "Aos poucos estamos vendo o mercado na criação do arquiteto para prover uma vida melhor para as pessoas." Um dos exemplos é a incorporadora paulista Idea!Zarvos, que tem valorizado projetos originais.
Problema estrutural 
A dificuldade de emplacar carreiras criativas não é exclusividade nacional. O educador inglês Ken Robinson, autor de livros sobre educação e um dos principais nomes relacionados à economia criativa, aponta que desde a revolução industrial existe um contexto em que, na educação, as habilidades úteis à produção são mais valorizadas do que as artísticas.
A absorção de qualquer tipo de conhecimento — da matemática às línguas — se faz de forma utilitarista, diz o autor. As habilidades artísticas, por não apresentarem um valor produtivo tão material, são menos valorizadas. Trata-se de um erro, afirma Robinson, porque uma parcela da humanidade tem exatamente na criatividade a maior oportunidade de explorar ao máximo seu potencial.

O livro O Elemento-Chave, de Robinson (Ed. Ediouro, R$ 40,90, 264 págs.), mostra a importância de descobrir qual é aquele tipo de atividade na qual uma pessoa pode conciliar o que faz bem com o que gosta de fazer. Para muitas pessoas, diz Robinson, o elemento-chave está numa tarefa inventiva.
Ele cita os casos de Matt Groening, criador de Os Simpsons, e da jornalista Arianna Huffington, do jornal online Huffington Post, como casos de pessoas que chegaram ao sucesso por fazer com paixão aquilo em que são hábeis. Algumas experiências de educação que valorizam a criatividade são a americana Blue School e, no Reino Unido, a experiência das Studio Schools, que apostam no formato estúdio-escola, em que os alunos aprendem por meio de trabalhos práticos.
Seja qual a carreira criativa escolhida, uma coisa é certa: competição e diferenciação estão presentes, como em qualquer profissão. Dedicação e trabalho árduo fazem a diferença, assim como relacionamento pessoal. Pedro Mendes, sócio da galeria de arte Mendes Wood, de São Paulo, recomenda estudar arte dia e noite, frequentar feiras na área e se conectar com pessoas e instituições importantes do setor, no caso dele, curadores, museus e outras galerias.
"Estar nesse mercado significa, antes de tudo, muita dedicação e estudo", diz Pedro. Haverá maiores oportunidades para fazer da arte uma profissão nos próximos anos. Mas fácil não será. Invente um caminho para você.

A cidade ideal de Richard Florida

Nova York? Londres? São Paulo? Cabe a você escolher qual é a sua cidade

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Existe uma decisão na sua vida que é mais importante que escolher a profissão que você vai seguir, a pessoa com quem quer passar os próximos anos da sua vida ou os amigos que quer ter por perto. Ela consiste em determinar em que cidade você deve viver. Segundo Richard Florida, professor de Administração e Criatividade na Escola de Administração Rotman, da Universidade de Toronto, essa é a questão principal que deve nortear nossas escolhas. Ele argumenta: o lugar em que moramos é crucial para todos os aspectos da nossa vida. Afinal, você vai estabelecer sua carreira e constituir sua família onde decidir habitar.
Por mais conectados que estejamos hoje no mundo moderno, é nas relações diárias que vamos criar nossos laços de afeto e nossas redes profissionais. O planeta é enorme, mas - como nos provam as coincidências - o mundo é mesmo muito pequeno. Florida fez um estudo completo sobre as melhores cidades para se viver nos EUA e no Canadá (ele vive em Toronto). Compilou o resultado e os rankings no livro Who’s Your City (sem previsão para chegar ao Brasil), que é best-seller nos dois países. Ele, que é um dos maiores nomes em tendências demográficas e inovação cultural, promete ampliar as pesquisas para outros lugares. Enquanto não faz isso, ensina como você pode encontrar sua cidade ideal.

Por que a escolha do lugar em que vivemos se tornou uma questão tão crucial? 
Eu defendo que o lugar que escolhemos para morar é a decisão pessoal mais importante que tomamos, porque ela tem um impacto profundo em nossa trajetória profissional, nossas redes sociais, família e estilo de vida e - sobretudo nos dias de hoje - na forma como conquistamos nossa própria felicidade. E não me refiro a um lugar como sendo necessariamente uma grande cidade, como a maioria pensa. Para alguns, esse ambiente pode ser uma pequena cidade rural ou um município médio - onde, em alguns casos, é possível aliar o sossego do interior com as vantagens de uma cidade. Isso depende muito de cada pessoa.

Hoje o mundo está todo conectado. Isso significa que o lugar em que estamos não tem mais tanta relevância? 
Apesar dos benefícios das tecnologias, nada substitui a presença física. Isso porque a colaboração e a interação são elementos necessários à criatividade e à inovação. Acho que precisamos dar mais valor à importância das relações e das redes sociais que temos por perto. Profissionais criativos, por exemplo, precisam estar literalmente rodeados de pessoas inovadoras e com conhecimento para poder progredir. As novas tecnologias podem, sim, melhorar nossas conexões com o mundo, mas não suprir uma presença.

Temos a ideia de que só grandes economias abrigam oportunidades. Por que esse ponto de vista é equivocado? 
Na verdade, existe um lado correto nessa forma de encarar a questão. A maior atividade econômica está, na maioria das vezes, concentrada em grandes regiões, que possuem novas e poderosas unidades de negócio. Essas grandes regiões recebem atividades econômicas e de negócios em grande escala. No mundo todo, mapeamos 40 megarregiões importantes, onde vive um quinto da população mundial e que abrigam um terço da economia global. Mas é claro que isso significa que essas regiões são muito mais competitivas - o que indica que em médias cidades pode haver ótimas oportunidades de trabalho, mesmo que não com o mesmo padrão salarial.

Quais características pessoais devemos levar em conta para escolher o lugar em que devemos viver? 
Primeiro, é preciso entender que as qualidades dos lugares não são iguais para todos. Alguns preferem uma pequena comunidade com uma cena artística local e vibrante, enquanto outros querem viver em uma enorme metrópole repleta de manifestações culturais. Eu espero que as pessoas entendam que a escolha do lugar certo para elas depende de perceber suas próprias características e anseios. Nós todos escolhemos os lugares nos quais queremos montar nosso lar a partir de uma perspectiva muito pessoal e particular, baseada em atributos e qualidades que são importantes para nossas vidas.

Como encontrar, então, o lugar ideal que atenda nossas expectativas? 
Temos que lembrar que, quando se trata da escolha de um lugar para morar, assim como todas as decisões da vida, nós não podemos ter tudo. Sempre há concessões. Muitas das pessoas que se mudam por causa de suas carreiras precisam abrir mão de estar sempre próximas da família e de amigos. Aqueles que escolhem ficar próximos da família podem ter de abrir mão de oportunidades economicamente mais atrativas. Antes de tudo, é preciso determinar o que é mais importante para você e para o estilo de vida que você almeja.

Quando fazemos a escolha de onde viver, é necessário levar em conta oito passos: 
1. Conheça bem suas prioridades: determine o que é imprescindível para você.
2. Compare: faça uma relação entre a cidade em que vive e a em que gostaria de morar, enumerando suas necessidades e vontades.
3. Faça sua lição de casa: pesquise tudo sobre o lugar - como é o mercado de trabalho, como vivem as pessoas que moram lá...
4. Pondere: esse lugar pode oferecer a você uma boa qualidade de vida? Tem um sistema de transporte público eficiente? Tente tirar o maior número de vantagens dele.
5. Confira o básico: esse lugar tem saúde básica e segurança, boa estrutura educacional e urbana?
6. Cheque os valores: o custo para viver nessa cidade está de acordo com seu orçamento?
7. Faça um balanço: há aspectos conflitantes no que você elencou em sua lista? Por exemplo: a cidade quase não tem trânsito, mas em compensação possui um péssimo sistema de saúde.
8. Visite os lugares e conheça in loco as ruas e as pessoas de lá.

Com esses pontos traçados, é difícil errar na hora de decidir. 
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roteiros turísticos para entender a crise]

Conhecer belas paisagens e aprender um pouco mais de história. É isso que quase todo turista busca ao visitar uma nova cidade ou um novo país. Uma empresa inglesa está apostando que pode unir isso ao interesse das pessoas em entender um pouco mais sobre a crise financeira mundial.

A empresa Political Tours, fundada em 2009, já está acostumada a fazer roteiros turísticos para apresentar e explicar sobre questões políticas delicadas de diferentes países no mundo. Agora, a agência está propondo alguns roteiros para aprender mais sobre a crise econômica financeira.
O primeiro roteiro proposto foi batizado de “Grécia e o euro” e vai levar turistas para passear e compreender a Grécia em um passeio de cinco dias. Logo no primeiro dia, os turistas têm marcado um jantar com analistas do país e internacionais que vão explicar e comentar a crise de diferentes pontos de vista.
O passeio também inclui visitas pela Praça Sintagma, em Atenas, palco dos protestos violentos contra medidas de austeridade, instituições para entender a economia e tempo livre com passeio opcional pelos lugares históricos visitados por turistas “convencionais”.
O guia desse roteiro, marcado para começar dia 25 de agosto, é George Pagoulatos, professor e política e economia da União Europeia na Athens University.
Outro roteiro já desenhado pela empresa sobre a crise chama-se "Debt and The City", algo como Dívida e a Cidade, em português. Nesse passeio de dois dias por Londres, marcado para outubro, os turistas conhecerão algumas famílias inglesas que foram diretamente afetadas pela crise e conversarão com pessoas do mercado para entender as raízes da situação econômica e os próximos passos no país.
Os visitantes passarão por uma empresa de investimentos, a sala de operações de uma grande corretora, e uma grande empresa de auditoria, mas que os donos do roteiro não revelam o nome em seu site.Os roteiros não são para donos de bolso em crise. O passeio de dois dias por Londres custa 400 libras esterlinas, algo como 1.267 reais, enquanto o tour de cinco dias pela Grécia sai por 2.750 libras esterlinas, ou 4.024 reais, sem contar a passagem de avião para os países.

Amostra grátis
Tom Meltzer, do jornal inglês The Guardian, experimentou um roteiro reduzido por Londres, numa amostra da empresa do que será o tour completo marcado para outubro.
Ele contou suas impressões sobre um passeio de seis horas e admitiu que “do ponto de vista de um turista”, o itinerário não dos mais emocionantes. Ao final do passeio, ele afirma que saiu melhor informado, talvez um pouco sobrecarregado de informações, e com “um pouco mais de simpatia pelos banqueiros”.Paciente em tratamento de quimioterapia joga sudoku
Passeios políticos
A Political Tour vai iniciar agora seus roteiros sobre a crise da zona do euro, mas já trabalha com passeios sobre política internacional.
Entre os roteiros atuais, a empresa tem as viagens “Líbia após a revolução”, um tour sobre a Coreia do Norte, e outro para entender as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
A empresa fundada por Nicholas Wood, ex-correspondente do New York Times, também monta roteiros políticos e econômicos sob medida para os clientes.
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