Congresso sobre Crustáceos: “Registro da herança natural do planeta”
Assim, o pesquisador Cléverson Santos, do Museu Goeldi, presidente da comissão organizadora do VII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos, define as coleções biológicas, as quais serão tema de debate no evento, que ocorre de 11 a 14 de novembro no Hangar, em Belém (PA)
Presidente da comissão organizadora do evento, Cléverson diz haver um consenso entre os estudiosos de crustáceos – denominados carcinólogos – da necessidade de se analisar o estado atual das coleções do Brasil. Segundo o pesquisador, as maiores estão localizadas na região sudeste. “É preciso desenvolver coleções em outras regiões e diversificar a representatividade de grupos nelas”, acrescenta. Camarões, pitus, lagostas e caranguejos costumam predominar nesses conjuntos de animais catalogados e armazenados.
Relativamente nova se comparada com outras coleções carcinológicas do país, a do Museu Goeldi começou a ser reunida há vinte anos e dispõe, hoje, de 1,2 mil registros. “Ela começou a ser formada com exemplares de camarões de água doce da região”, informa Cléverson, o que reitera a predominância daqueles animais. São os mais conhecidos tanto popularmente quanto para a ciência, o que explica o predomínio deles nesses conjuntos. Daí a necessidade apontada por Cléverson de se diversificar a amostragem de animais nas coleções de crustáceos, até para fazer jus à diversidade desse grupo.
Diversidade e importância - “Crustáceos são organismos que apresentam os mais diferentes formatos, em termos de padrão de corpo do reino animal”, diz o pesquisador. Há desde os indivíduos mais simples, com cabeça e tronco, até aqueles caracterizados pelo carcinólogo como mais complexos, com a cabeça fundida ao tórax, a exemplo do camarão e do caranguejo. De acordo com Cléverson, existem tanto crustáceos microscópicos quanto aqueles que alcançam os dois metros de envergadura, como um tipo de caranguejo que não ocorre no Brasil. Porém, um sexto ou mais de tudo o que é classificado como crustáceo pertence ao grupo dos decapoda, onde estão inseridos camarões, pitus, lagostas e caranguejos.

Congresso - Belém é a cidade escolhida para acolher o VII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos entre 11 e 14 de novembro. O Pará foi o segundo estado no ranking da produção pesqueira de 2010, segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, com um pescado composto, principalmente, pelo camarão-rosa – crustáceo bastante apreciado na gastronomia. Abrigado no Hangar - Convenções e Feiras da Amazônia, o evento é promovido pela Sociedade Brasileira de Carcinologia (SBC) a cada dois anos e reúne pesquisadores do Brasil e do exterior, estudantes e profissionais para debater aspectos os mais variados dos estudos sobre os crustáceos. A edição deste ano é uma parceria com o Museu Paraense Emilio Goeldi e com a Universidade Federal do Pará (UFPA).
Serviço: VII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos, de 11 a 14 de novembro, Hangar - Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, exceto os minicursos, que serão na Universidade Federal do Pará (UFPA)
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